Em 2025, os principais indicadores on-chain do Bitcoin fornecem informações cruciais sobre o comportamento do mercado e possíveis movimentos de preço. O índice MVRV (Market Value to Realized Value) segue em patamar positivo, refletindo perdas realizadas moderadas e sugerindo que o mercado ainda não entrou em um cenário de capitulação extrema. O indicador CVDD da CryptoQuant aponta uma zona potencial de suporte em torno de US$45.880, alinhada a mínimas históricas de ciclos, sinalizando regiões onde compradores costumam aumentar posições durante movimentos de correção.
| Métrica | Status Atual | Implicação |
|---|---|---|
| Índice MVRV | Moderado | Fase saudável de acumulação |
| Perdas Realizadas | Moderado | Venda de pânico limitada |
| Índice de Perda STH | 0,07x | Detentores de curto prazo sob pressão |
| Faixa de Preço | US$81K–US$89K | Zona de liquidez comprimida |
No momento, o Bitcoin está próximo do nível de retração de Fibonacci de 38,2%, em torno de US$98.100, considerando o movimento de março a novembro de 2025. Este patamar técnico historicamente atrai reações intermediárias de ciclo. O preço médio de aquisição dos holders de curto prazo gira em torno de US$104.600, e a negociação abaixo desse patamar desde o início de outubro expôs restrições de liquidez e fundamentos de demanda enfraquecidos. O processo de redução de liquidez segue como um risco para correções mais profundas, a menos que haja uma entrada robusta de recursos.
Os endereços ativos e o volume de transações do Bitcoin são referências essenciais para avaliar a saúde da rede e o sentimento dos participantes. Entre janeiro e abril de 2025, durante as altas do mercado, o número de endereços ativos cresceu expressivamente, acompanhado por um aumento proporcional no volume de transações on-chain — reflexo do fortalecimento do engajamento dos investidores e de um cenário de otimismo. Em períodos de correção, observa-se queda tanto nos endereços ativos quanto no volume de transações, indicando cautela e predomínio de sentimento baixista.
A correlação entre esses indicadores e o comportamento dos preços é clara. Durante as correções do primeiro trimestre de 2025, quando o Bitcoin recuou de quase US$98.000 para o intervalo de US$70.000–US$85.000, houve queda significativa tanto nos endereços ativos quanto nos volumes de transação, sinalizando menor participação de mercado. Estudos apontam que volumes elevados de transações on-chain normalmente acompanham forte momentum de preço e tendências marcantes, enquanto volumes baixos costumam anteceder fases de consolidação.
| Condição de Mercado | Endereços Ativos | Volume de Transações | Tendência de Preço |
|---|---|---|---|
| Fase de Alta | Crescente | Alto | Alta |
| Fase de Correção | Decrescente | Baixo | Baixa |
| Consolidação | Estável | Moderado | Neutra |
Os fluxos de capital institucional, em especial via ETFs, exercem influência direta sobre esses dados on-chain. As reservas de Bitcoin da Invesco caíram de 7.965 BTC em janeiro para 4.941 BTC em abril, movimento que refletiu diretamente na redução de endereços ativos no período. Essa dinâmica reforça como volume de transações e endereços ativos funcionam como indicadores antecipados de mudanças no sentimento do mercado e possíveis pontos de inflexão para traders e investidores institucionais.
O padrão de distribuição das chamadas “whales” de Bitcoin revela uma estrutura de concentração elevada, diretamente associada à volatilidade e aos movimentos do mercado. Em 2025, cerca de 130 empresas listadas em bolsa detêm aproximadamente 693.000 BTC, o que representa 3,3% do total em circulação. Grandes custodiantes institucionais, como a Grayscale Bitcoin Trust, controlam cerca de 292.000 BTC e mantêm impacto expressivo no mercado.
| Tipo de Entidade | Participação (BTC) | Percentual de Circulação | Impacto no Mercado |
|---|---|---|---|
| Empresas de Capital Aberto | 693.000 | 3,3% | Estabilização de preço |
| Grayscale Bitcoin Trust | 292.000 | ~1,47% | Reserva de longo prazo |
| Carteiras Frias de Exchanges | 248.600 | ~1,25% | Indicador de liquidez |
O comportamento recente dos grandes detentores (whales) evidencia padrões recorrentes. A acumulação de BTC por esses players durante quedas abaixo de US$90.000 costuma sinalizar confiança institucional e frequentemente precede movimentos de alta. Por outro lado, vendas concentradas criam pressão baixista ao restringir liquidez. Dados de novembro de 2025 apontam mais de 102.000 transações superiores a US$100.000 cada, com entrada de whales em exchanges correlacionando 47% com picos de volatilidade. Essa estrutura concentrada mostra que decisões estratégicas de grandes holders — de acumulação ou distribuição — são indicadores precoces de movimentos amplos, tornando a observação de whales fundamental para entender a dinâmica de preços do Bitcoin.
As taxas de transação on-chain do Bitcoin têm correlação direta com os principais indicadores de desempenho do mercado. Entre 2013 e 2025, os dados históricos mostram elevação expressiva dessas taxas em períodos de volume de negociação elevado, principalmente antes de grandes eventos como os halvings. Em abril de 2024, por exemplo, as taxas subiram conforme o volume de negociações se acelerou no período pré-halving.
A ligação entre o volume negociado nas exchanges e a volatilidade fica ainda mais clara: durante quedas, o volume diário total em exchanges apresenta correlação de +0,39 com retornos diários absolutos e de +0,23 com a volatilidade semanal, evidenciando que a atividade intensa de trading amplia oscilações de preço em momentos de stress. Já nos mercados de alta, a correlação entre volume negociado e oscilação de preço é mínima, mostrando que o otimismo reduz a pressão das taxas mesmo com negociações intensas.
| Condição de Mercado | Correlação com Volume em Exchanges | Impacto na Volatilidade |
|---|---|---|
| Mercados de Baixa | Forte (+0,39) | Alta |
| Mercados de Alta | Mínima | Baixa |
| Períodos de Pico | Taxas Elevadas | Aumentada |
O padrão de recuperação do Bitcoin após grandes quedas confirma essa correlação. Após o colapso da Mt. Gox em 2014 e o inverno cripto de 2022, o Bitcoin recuperou as perdas e atingiu novos recordes em 2 a 3 anos. Tipicamente, esses períodos de recuperação coincidem com a redução da congestão on-chain e normalização das taxas, refletindo estabilização do mercado e retomada da confiança na eficiência e sustentabilidade da rede a longo prazo.
De acordo com projeções de longo prazo e tendências atuais de crescimento, 1 Bitcoin pode atingir valor entre US$250.000 e US$1 milhão em 2030.
Um investimento de US$1.000 em Bitcoin feito há 5 anos valeria hoje cerca de US$9.784, representando um retorno expressivo.
O topo de 1% dos detentores de Bitcoin concentra 90% de todos os bitcoins, evidenciando uma distribuição extremamente desigual e concentrada entre os mais ricos.
Em dezembro de 2025, US$1 equivale a cerca de 0,000011 BTC, valor sujeito a constantes variações em razão da volatilidade do mercado.